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terça-feira, 1 de abril de 2014

Eu não mereço ser enganado pelo IPEA

Que vergonha que uma instituição como o IPEA publique uma pesquisa tão tendenciosa, enganando o cidadão brasileiro. A pesquisa contém diversos erros como viés amostral (66% eram mulheres) e chega-se a uma conclusão que não cabe a uma pesquisa feita por amostra. Quem garante que o resultado seria igual se a pesquisa fosse feita com uma amostra diferente? Principalmente se for de fato representativa da população (48,5% de homens e 51,5% de mulheres) e aleatória (visitaram domicílios em horário comercial onde com certeza a maioria são mulheres de baixa escolaridade).
Sem contar que ativistas sem noção tirando conclusões precipitadas: "Eu não mereço ser estrupada porque estou semi-nua" porque numa das perguntas "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas" 43% responderam que concordam totalmente e 22,4% concordam parcialmente. É claro e evidente que ninguém merece ser vítima de estupro por nenhum motivo, mas não é isso que essa pesquisa mal feita está retratando. Além de estar enviesada (o que torna inócuo os argumentos), as outras perguntas são respondidas em sentido contrário como a que 91,4% concordam que “Homem que bate em mulher tem que ir para cadeia”. Não é contraditório que uma amostra seja contra a violência contra a mulher e seja conivente com estupro por causa de pouca roupa? 
Isto só corrobora o tanto que esta pesquisa foi mal feita, pois apresenta respostas inconsistentes, mas o que mais deixa indignado são pessoas que devem ter como eu um mínimo de conhecimento sobre pesquisa chegarem a conclusões tão esdrúxulas. Depois de tanto estudar o papel de instituições no desenvolvimento econômico das nações eu vejo um retrocesso desse, chega a ser desolador. Será que estamos regredindo? Espero que não.
Quanto a questão do estupro, os estupradores não são as pessoas que responderam à pesquisa. Não adianta ficarem levantando plaquinhas para eles porque são doentes e não tem compaixão pela vítima, do contrário, não seriam estupradores. Tem mais, grande parte das vítimas de estupro são menores de idade, ou seja, estupro parece está muito mais correlacionado com a vulnerabilidade da vítima e não com a peça que usa ou deixa de usar no seu corpo.
Por fim, pelo menos espero que essa idiotice se transforme em algo bom como o diálogo entre famílias e com as crianças nas escolas. Pessoas que usam redes sociais já tem suas mentes transformadas, não adianta tentar educar eles, eduquem as crianças. Aos estupradores em potenciais, infelizmente só podemos cobrar penas severas e maior vigilância pela polícia em locais vulneráveis. E as mulheres cuidado aonde andam e com quem andam e em quem confiam. Nunca é demais pedirem para não ficarem expostas, suas roupas não vão mudar em nada se um estuprador te ver sozinha e vulnerável.
Abomino o estupro e não quero isso para minha mãe, irmãs, sobrinhas, primas, tias, amigas e mulheres em geral. Mas não posso concordar com uma pesquisa tendenciosa como essa que deturpa as causas principais dos estupros e servem para inflar o ódio de grupos feministas contra uma sociedade que sempre foi desfavorável ao estupro (todos sabem o que acontece com estupradores na cadeia).        

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