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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Livro 10 anos de metas para a inflação no Brasil

Hoje, 29 de junho, vi uma coisa ótima ao abrir minha caixa de mensagens. Foi doado à biblioteca da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, o livro Dez anos de metas para a inflação no Brasil (1999-2009), editado pelo Banco Central do Brasil.

Sou suspeito ao falar da importância que o regime de metas tem no controle da inflação nos últimos anos. Fiz parte de um grupo de estudos que tinha como objetivo “imitar” as ações dos membros do COPOM, estudando a economia brasileira e mundial e tentando prever com nossa pesquisa e um modelo teórico, qual seria a decisão para a próxima reunião (link). 

A partir daí passei a acompanhar mais a nossa economia e compreender a importância que o regime de metas para a inflação tem na manutenção da estabilidade econômica atingida recentemente pela economia brasileira.

Com o mestrado eu acabei afastando um pouco desta rotina de “monitoramento” da economia e tenho  acompanhado pouco as decisões em relação à política monetária. Sei que hoje existe uma pressão maior sobre a inflação e muitos economistas têm duvidado que este novo governo mantenha o compromisso com a estabilidade da inflação no nível pré-estabelecido como meta a ser atingida. Isto não é nem um pouco bom... 

Bom, se você se interessa sobre os rumos da nossa política monetária e quer entender os benefícios e até os defeitos do regime de metas de inflação (óbvio que há), não perca a chance de dar uma boa lida na versão online que o BCB disponibilizou em sua página.

Ainda não li o livro, mas pelas publicações que li do BCB, este livro será facilmente entendido mesmo por quem não é da área. Os autores são em geral bem didáticos e com certeza o livro deve ter sido escrito para o público em geral e não só para especialistas.

Leia o livro e entenda a importância que o regime de metas para inflação teve nestes últimos anos para finalmente manter a taxa de inflação em níveis muito mais baixos do que outrora, permitindo assim que o Brasil pudesse crescer de forma sustentável nos últimos anos mesmo enfrentando algumas crises econômicas mundiais. 


Boa leitura!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vida no Sul

Sempre clique nas imagens para ampliar...

Casa de Cultura Mário Quintana

Usina do Gasômetro

Anfiteatro Por do Sol

FCE - UFRGS
Minha vida!

Parque Farroupilha (Redenção)

Frio danado ao amanhecer!

Av. Borges de Menedeiros

Sede administrativa do governo do RS

Lago Guaíba e entorno da rodoviária de POA

Bandeiras de POA, RS e Brasil

Mercado Público

Superintendência de Portos e Hidrovias

Almoçando com colegas

Nós e o bigodudo

Um amigo de BH e eu

domingo, 26 de junho de 2011

Fim do primeiro trimestre letivo no mestrado

Como coloquei em outro post, dia 10 de junho encerrou-se o primeiro trimestre de estudos no mestrado em economia aplicada e este post será mais sobre minhas impressões e julgamentos das matérias cursadas.

Das disciplinas que tive pude tirar coisas muito boas. Teoria Microeconômica 1 foi a mais legal de todas e o nosso professor deu o conteúdo de forma muito interessante e a turma foi unânime em aprovar como a melhor disciplina do trimestre. 

Estudamos a parte da teoria do consumidor, teoria da firma e equilíbrio geral e pude aprender muitas coisas legais, principalmente a parte da teoria do consumidor e equilíbrio geral que foi mais enfatizado pelo nosso professor. O professor sempre usava exemplos desde problemas comuns que enfrentamos no dia-a-dia a exemplos mais complexos envolvendo toda a sociedade, embora ela não soubesse disso. Demos boas risadas em alguns exemplos e aprendemos como o bom entendimento da teoria econômica pode ser importante em outros exemplos. 

Economia Matemática 1 não foi tão bem aproveitada. A primeira parte era chata e em minha opinião desnecessária e não me sentia saindo das aulas aprendendo o conteúdo da matéria. Tive que dedicar muito tempo extra nesta disciplina e como ele foi curto devido à fase de adaptação. Não pude extrair um conhecimento que eu julgaria desejado para esta disciplina, mas sei que há uma parcela boa que pertence a mim. No mestrado o aprendizado tem que ser muito mais fora do que dentro de sala de aula.   

A outra disciplina que tive neste trimestre foi de Estatística. O conteúdo foi de Probabilidade e Inferência. Esta foi a disciplina que escolhi fazer no primeiro período letivo, mesmo sabendo que ela era a eletiva mais puxada para escolher. Dentro das disciplinas que tinha eu achei que seria a mais legal a se fazer porque gosto bastante da área estatística, principalmente a parte de Inferência. O lado negativo a meu ver foi que gastamos tempo demais em Probabilidade e ficamos com uns 80% do tempo neste tópico. 

Óbvio que aprendi bastante, mas acharia mais legal ter um tempo dedicado a Inferência maior, afinal esta é a parte que nós economistas mais lidamos. No geral aproveitei bem a disciplina e também gostei bastante da didática do nosso professor, apesar de ter deixado Simulação de Monte Carlo e Bootstrap. Uma boa parte do pessoal sentiu falta desta parte, mas acho que veremos no decorrer do curso (o primeiro método eu sei que vai). 

Ainda não saíram as notas e não sei como ficaram meus conceitos nestas disciplinas, mas também não sou muito de correlacionar notas com aprendizado, pois ao longo de todo o meu tempo de estudo já tive disciplinas que passei com 70 e poucos e aprendi bastante e outras que mesmo na casa dos 90 não me serviram muito bem. Correlação forte eu sei que há, mas não perfeita e como sei bem dos meus conceitos de estatísticas, uma prova é uma amostra dos seus conhecimentos, dado que é impossível ao professor conhecer a população. 

Julgo ter sido bom o meu aproveitamento porque acumulei muita coisa boa no período, mas sei que tenho espaço para melhorar muito ainda. Foi com meus colegas disseram, não dá para acertar tudo na primeira vez e com tempo a gente vai descobrindo as melhores estratégias de estudo ao longo do mestrado e os erros são comuns no início. 

Agora é repor as energias neste curto intervalo de nove dias (apesar de achar que o pessoal vai emendar o feriado de Corpus Christi) para voltar renovado e aprender muito mais no próximo trimestre. Este tem tudo para ser melhor afinal finalmente vai começar a parte que eu mais gosto na teoria econômica, a Econometria.

Primeiros três meses em Porto Alegre

Na última semana findou-se meu primeiro trimestre de estudos no mestrado de Economia Aplicada da UFRGS. Foi um período muito apertado e bem mais puxado do que é a graduação. Cada aula vem com conteúdo de 1 mês e sem dedicação integral é impossível ter um bom aproveitamento das disciplinas.

Quando alguém muda de cidade (principalmente de estado), é como se sua vida recomeçasse. Tudo muda, tudo é diferente do que foi antes e custoso se adequar novamente a essa nova vida. Minha mudança de Belo Horizonte para Porto Alegre foi difícil, saiu sem um planejamento adequado e sofri muito por isso. Ainda mais sem qualquer tipo de referência...

Minha nova cidade em si, não parecia ter uma forma tão diferente da minha antiga cidade e em muitos sentidos este fato se verificou. Apesar de ser uma das grandes capitais, Porto Alegre é uma cidade tranqüila para morar e com muitas opções baratas de lazer, assim como Belo Horizonte.

A diferença que eu mais senti foi em relação à moradia. Os prédios de Porto Alegres são em geral muito pequenos em relação à Belo Horizonte e as ofertas de novas vagas são bastante inelásticas. Estas dificuldades atrapalham muito a vida de um estudante que precisa e muito concentrar-se nos estudos.

Este foi o balanço negativo desta vinda para o Sul do país, mas creio que mesmo estes percalços foram positivos. Afinal é com eles que se aprende...

O lado prá lá de positivo foi a atmosfera encontrada em terras gaúchas. Sempre tive a curiosidade saber como seria morar no sul do país, especialmente na cidade de Porto Alegre. Acho a cultura e os valores deste lugar muito bonitos, assim como no meu estado. O que pegava era esse bairrismo que muitos diziam existir no estado do Rio Grande do Sul. Seria verdade?

A resposta veio aos poucos e pude perceber que grande parte do que diziam era pura mentira. No geral as pessoas recebem bem as pessoas de outros estados e o tal orgulho gaúcho não é tão diferente do orgulho mineiro, paulista, carioca, nordestino e outros mais. Alguns são exagerados chegando a ser mal educados, mas este tipo tem em todo lugar... 

Minha turma do mestrado é bastante boa. Tem bastante gaúcho (sete), uma mineirada boa (quatro), dois paulistas, um carioca e um peruano. Como a turma é pequena, a comunicação foi bem mais fácil desde o início. Minha turma é bem inteligente, irreverente e fazemos piadinhas das mais diversas situações que nos encontramos: desde a fase sofrida antes das provas, a dotação de belas garotas que não seja no nosso curso, nossas raríssimas, porém divertidíssimas saídas para descontrair, como deve ser uma turma de Economia em qualquer lugar.

A UFRGS tem no geral uma estrutura até boa, mas como toda instituição pública tem seus problemas de difícil solução... É preferível não expor, já que são as demandas são minhas. 

A vida agora é bem melhor do que antes, tenho bolsa de estudos que me dá a oportunidade de comprar bons livros, materiais escolares, alimentar bem, morar razoavelmente e ainda sobra para eu gastar como eu bem quiser (nada melhor do que isso para maximizar a satisfação de um consumidor).

Este é um pouquinho do que se passou nesses três meses de vida nas terras gélidas do sul (um leve tom de exagero hehe). Acho que tenho muito que aprender, desconheço muitas coisas dentro da própria Porto Alegre em razão da rotina de estudos, mas espero em breve estar conhecendo bem o lugar onde vivo atualmente e visitar em breve as cidades do estado e fazer minhas primeiras viagens internacionais pelo menos para o Uruguai e a Argentina. Em breve novas experiências! :-)

Agora é mais um trimestre e estou ansioso para começas as econometrias (minha razão de ter escolhido a UFRGS).  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Shakespeare e o Macaco

Isto é para não deixar dúvida algumas de que estatísticos são loucos. Olha só o exemplo do Lema de Borel-Cantelli que tem no livro texto de Estatística do Barry James.

Um macaco digitando todas as obras de Shakeaspeare sem erros???
Achei que estava delirando de tanto estudar hehe

James, Barry R.Probabilidade : um curso em nível intermediário. 3ª ed. p. 202

p.s. Será que alguém chegou aqui pensando que era uma fábula?