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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Araçuaí, 140 anos

"Araçuaí. Terra de Lira. Tião Rocha. Frei Chico. Terra dos meninos e trovadores. Terra do barro batido com suor e lágrima. Lágrimas não só de tristezas e saudades. Barros não só de chão, mas de arte. Povo quente como a terra. São mineiros que falam mainha, são baianos de uai-sô. Somos de uma cultura única, de terra seca mas não saciada, de cultura rica, pois como terra cortada ávida por água de tudo se colhe. E de terra assim as raízes hão de ser mais profundas. Os traços do sofrimentos se misturam num rosto que conhece a felicidade pura. Paredes de adobe. Telhado de coxas. Tudo muito simples, e mesmo sendo visita de longe é tudo seu também. Nossas riquezas são outras, uma que não se toca mas se ouve e se sente."


Zona urbana
Rio Araçuaí
Homenagem aos canoeiros, um dos símbolos da cidade

Feira no sábado

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mineiríssimo

Orgulho de ser mineiro: temos progresso, tecnologia, história, cultura, literatura, poetas e trovadores, grandes universidades, cidades grandes e pequenas, temos rodovias, ferrovias, mas também temos roça, mato, vales, montanhas, estrada de terra, poeira, gente andando descalço, gente andando a cavalo, boiada cruzando a estrada, cachoeiras, ar puro, queijo e pão-de-queijo, cachaça da boa, café com leite, cigarro de palha, religiosidade, inocência, confiança e desconfiança, vida pacata, alegria de viver e, acima de tudo, liberdade. Isto é Minas!!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Os 60 anos da profissão de economista no Brasil

Em comemoração aos 60 anos da profissão de economista no Brasil, a revista Mercado Comum fez um especial bastante interessante sobre a profissão no estado de Minas Gerais (sede da revista) e no Brasil.

A revista conta com entrevistas com economistas, o papel do economista, desafios e outros assuntos. Também tem do ponto de vista acadêmico, os precursores do pensamento econômico e a nova tendência na formação que é atualmente buscada nas faculdades.

Nesta última parte aí que recebi por e-mail do meu antigo coordenador do Nepom, tem uma pequena parte na matéria sobre o trabalho desenvolvido pelos estudantes de economia da faculdade IBMEC-MG, do qual também fiz parte.

O especial começa na página 64 da edição de setembro de 2011.
O link é este: http://www.mercadocomum.com 

Revista Mercado Comum - Edição Setembro de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Primeiro ano como economista no dia dos economistas

Hoje, 13 de agosto de 2011, é uma data pra lá de especial. O dia do economista!

De quebra é meu primeiro ano que posso comemorar de fato, afinal recebi meu diploma depois de ter passado a data no ano passado.

Ser economista é muito bom. Tenho orgulho do curso que fiz e minha maneira de pensar acerca das coisas que acontecem no mundo ganhou um visão muito melhor ao ingressar na ciência econômica. 

Percebemos tudo o que nos cerca com um raciocínio que não vejo em nenhuma outra ciência. Temos a análise histórica, a robustez matemática, a inferência da estatística e uma praticidade que nos faz parecer um pouco descolada da ciências humanas (muitos pensam que economia é da exatas hehe).

Analisamos os dados com maior frieza do que os demais ramos da ciência humana e às vezes somos tratados como "desumanos" por estar em desacordo com o que algumas ciências acham que "deveria ser" o mundo. 

Não nos prendemos ao plano do "deveria ser" e buscamos sempre dados que comprovem ou refutem uma asserção, mesmo que isto possa parecer anti-social na visão de algumas pessoas.

Não somos pessoas insensíveis, mas buscamos sempre fazer afirmativa do que realmente foi comprovado empiricamente ao invés de descrever o mundo como as pessoas gostariam de ler ou escultar.

A respeito disso eu gosto muito duma frase de John Stuart Mill escrita em 1867 e continua tão verdadeira no mundo de hoje:

"Os ramos da política, ou das leis que regem a vida social, nos quais existe uma variedade de fatos bastante selecionados e que foram organizados metodicamente para formarem o princípio de uma ciência, devem ser ensinados com conhecimento de causa. Entre os principais figura a Economia Política, as fontes e as condições da riqueza e da prosperidade material para os conjuntos agregados de seres humanos. [...]
Quem menospreza a Lógica também vai advertir o leitor, de modo geral, contra a Economia Política. É insensível, dirão. Reconhece fatos desagradáveis. De minha parte, considero que a coisa mais insensível que conheço é a lei da gravidade: quebra o pescoço da melhor e mais amável pessoa, sem o menor escrúpulo, se ela esquecer em algum momento de lhe dispensar a devida atenção. Os ventos e as ondas também são insensíveis. Você aconselharia quem sai ao mar a navegar os ventos e as ondas... ou recomendaria aproveitá-los, e encontrar os meios de se precaver contra seus perigos? Meu conselho é estudar os grandes autores da Economia Política, e se apegar com firmeza ao que considera verdadeiro em seus textos; e ter a certeza de que, se você não é egoísta nem desumano, não será a Economia Política que o tornará assim."

Então, saúdo a todos àqueles que passaram anos e anos tentando desvendar os mistérios dessa ciência que tem tanto a contribuir para tornar nosso mundo melhor. Alguns como eu gostaram tanto que resolveram continuar :-)

Parabéns Economistas!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

No Rio Grande do Sul...

Uai é bah
Sô é tchê
Semáforo é sinaleira
Guarda-roupa é roupeiro
Kitinet é JK
Cachecol é manta

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Música vencedora do 29° FESTIVALE

Agora de posse de novas notícias sobre a 29° edição do FESTIVALE que aconteceu na cidade de Jequitinhonha, fiquei sabendo que o ganhador do Festival de Música (maior evento da festa) foi muito mais que um conterrâneo, mas um amigo.

Parabéns Lucão, vencedor com a música Amigo do Sertão. Não pude ir ao evento, mas tenho certeza que a música é de muita qualidade, afinal estar numa lista de ganhadores com Paulinho Pedra Azul, Rubinho do Vale, Arnô Maciel, Mark Gladston (nosso Verono), Walter Dias e tantos outros talentos não é para qualquer um. Tenho certeza que a boa música do Jequi segue em boas mãos.

Veja a relação das músicas finalistas aqui. Ouça a música aqui.

Conheça também o trabalho do nosso amigo. Visite a página dele:

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Vale, Vida, Versos e Viola

Hoje lembrei de uma poesia que escrevi na aula de literatura quando estava no 1° ano do ensino médio. Era uma tarefa valendo nota e lembro que a professora gostou bastante e ao ler a poesia vencedora do 29° FESTIVALE eu lembrei dela. Óbvio que não se compara, mas minha "inspiração" tinha sido o FESTIVALE. Aí vai ela:

O Vale é Vida
Vidas que se transformam em versos
Versos que viram canções em minha viola
Viola que traduz a vida no Vale

Esta frase "Vale, Vida, Versos e Viola" foi cunhada na primeira edição do FESTIVALE em Itaobim e minha tia Rosa tinha um quadro muito bonito com esta frase que eu admirava muito quando criança e por isso eu "roubei" o título.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Livro 10 anos de metas para a inflação no Brasil

Hoje, 29 de junho, vi uma coisa ótima ao abrir minha caixa de mensagens. Foi doado à biblioteca da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, o livro Dez anos de metas para a inflação no Brasil (1999-2009), editado pelo Banco Central do Brasil.

Sou suspeito ao falar da importância que o regime de metas tem no controle da inflação nos últimos anos. Fiz parte de um grupo de estudos que tinha como objetivo “imitar” as ações dos membros do COPOM, estudando a economia brasileira e mundial e tentando prever com nossa pesquisa e um modelo teórico, qual seria a decisão para a próxima reunião (link). 

A partir daí passei a acompanhar mais a nossa economia e compreender a importância que o regime de metas para a inflação tem na manutenção da estabilidade econômica atingida recentemente pela economia brasileira.

Com o mestrado eu acabei afastando um pouco desta rotina de “monitoramento” da economia e tenho  acompanhado pouco as decisões em relação à política monetária. Sei que hoje existe uma pressão maior sobre a inflação e muitos economistas têm duvidado que este novo governo mantenha o compromisso com a estabilidade da inflação no nível pré-estabelecido como meta a ser atingida. Isto não é nem um pouco bom... 

Bom, se você se interessa sobre os rumos da nossa política monetária e quer entender os benefícios e até os defeitos do regime de metas de inflação (óbvio que há), não perca a chance de dar uma boa lida na versão online que o BCB disponibilizou em sua página.

Ainda não li o livro, mas pelas publicações que li do BCB, este livro será facilmente entendido mesmo por quem não é da área. Os autores são em geral bem didáticos e com certeza o livro deve ter sido escrito para o público em geral e não só para especialistas.

Leia o livro e entenda a importância que o regime de metas para inflação teve nestes últimos anos para finalmente manter a taxa de inflação em níveis muito mais baixos do que outrora, permitindo assim que o Brasil pudesse crescer de forma sustentável nos últimos anos mesmo enfrentando algumas crises econômicas mundiais. 


Boa leitura!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vida no Sul

Sempre clique nas imagens para ampliar...

Casa de Cultura Mário Quintana

Usina do Gasômetro

Anfiteatro Por do Sol

FCE - UFRGS
Minha vida!

Parque Farroupilha (Redenção)

Frio danado ao amanhecer!

Av. Borges de Menedeiros

Sede administrativa do governo do RS

Lago Guaíba e entorno da rodoviária de POA

Bandeiras de POA, RS e Brasil

Mercado Público

Superintendência de Portos e Hidrovias

Almoçando com colegas

Nós e o bigodudo

Um amigo de BH e eu

domingo, 26 de junho de 2011

Fim do primeiro trimestre letivo no mestrado

Como coloquei em outro post, dia 10 de junho encerrou-se o primeiro trimestre de estudos no mestrado em economia aplicada e este post será mais sobre minhas impressões e julgamentos das matérias cursadas.

Das disciplinas que tive pude tirar coisas muito boas. Teoria Microeconômica 1 foi a mais legal de todas e o nosso professor deu o conteúdo de forma muito interessante e a turma foi unânime em aprovar como a melhor disciplina do trimestre. 

Estudamos a parte da teoria do consumidor, teoria da firma e equilíbrio geral e pude aprender muitas coisas legais, principalmente a parte da teoria do consumidor e equilíbrio geral que foi mais enfatizado pelo nosso professor. O professor sempre usava exemplos desde problemas comuns que enfrentamos no dia-a-dia a exemplos mais complexos envolvendo toda a sociedade, embora ela não soubesse disso. Demos boas risadas em alguns exemplos e aprendemos como o bom entendimento da teoria econômica pode ser importante em outros exemplos. 

Economia Matemática 1 não foi tão bem aproveitada. A primeira parte era chata e em minha opinião desnecessária e não me sentia saindo das aulas aprendendo o conteúdo da matéria. Tive que dedicar muito tempo extra nesta disciplina e como ele foi curto devido à fase de adaptação. Não pude extrair um conhecimento que eu julgaria desejado para esta disciplina, mas sei que há uma parcela boa que pertence a mim. No mestrado o aprendizado tem que ser muito mais fora do que dentro de sala de aula.   

A outra disciplina que tive neste trimestre foi de Estatística. O conteúdo foi de Probabilidade e Inferência. Esta foi a disciplina que escolhi fazer no primeiro período letivo, mesmo sabendo que ela era a eletiva mais puxada para escolher. Dentro das disciplinas que tinha eu achei que seria a mais legal a se fazer porque gosto bastante da área estatística, principalmente a parte de Inferência. O lado negativo a meu ver foi que gastamos tempo demais em Probabilidade e ficamos com uns 80% do tempo neste tópico. 

Óbvio que aprendi bastante, mas acharia mais legal ter um tempo dedicado a Inferência maior, afinal esta é a parte que nós economistas mais lidamos. No geral aproveitei bem a disciplina e também gostei bastante da didática do nosso professor, apesar de ter deixado Simulação de Monte Carlo e Bootstrap. Uma boa parte do pessoal sentiu falta desta parte, mas acho que veremos no decorrer do curso (o primeiro método eu sei que vai). 

Ainda não saíram as notas e não sei como ficaram meus conceitos nestas disciplinas, mas também não sou muito de correlacionar notas com aprendizado, pois ao longo de todo o meu tempo de estudo já tive disciplinas que passei com 70 e poucos e aprendi bastante e outras que mesmo na casa dos 90 não me serviram muito bem. Correlação forte eu sei que há, mas não perfeita e como sei bem dos meus conceitos de estatísticas, uma prova é uma amostra dos seus conhecimentos, dado que é impossível ao professor conhecer a população. 

Julgo ter sido bom o meu aproveitamento porque acumulei muita coisa boa no período, mas sei que tenho espaço para melhorar muito ainda. Foi com meus colegas disseram, não dá para acertar tudo na primeira vez e com tempo a gente vai descobrindo as melhores estratégias de estudo ao longo do mestrado e os erros são comuns no início. 

Agora é repor as energias neste curto intervalo de nove dias (apesar de achar que o pessoal vai emendar o feriado de Corpus Christi) para voltar renovado e aprender muito mais no próximo trimestre. Este tem tudo para ser melhor afinal finalmente vai começar a parte que eu mais gosto na teoria econômica, a Econometria.

Primeiros três meses em Porto Alegre

Na última semana findou-se meu primeiro trimestre de estudos no mestrado de Economia Aplicada da UFRGS. Foi um período muito apertado e bem mais puxado do que é a graduação. Cada aula vem com conteúdo de 1 mês e sem dedicação integral é impossível ter um bom aproveitamento das disciplinas.

Quando alguém muda de cidade (principalmente de estado), é como se sua vida recomeçasse. Tudo muda, tudo é diferente do que foi antes e custoso se adequar novamente a essa nova vida. Minha mudança de Belo Horizonte para Porto Alegre foi difícil, saiu sem um planejamento adequado e sofri muito por isso. Ainda mais sem qualquer tipo de referência...

Minha nova cidade em si, não parecia ter uma forma tão diferente da minha antiga cidade e em muitos sentidos este fato se verificou. Apesar de ser uma das grandes capitais, Porto Alegre é uma cidade tranqüila para morar e com muitas opções baratas de lazer, assim como Belo Horizonte.

A diferença que eu mais senti foi em relação à moradia. Os prédios de Porto Alegres são em geral muito pequenos em relação à Belo Horizonte e as ofertas de novas vagas são bastante inelásticas. Estas dificuldades atrapalham muito a vida de um estudante que precisa e muito concentrar-se nos estudos.

Este foi o balanço negativo desta vinda para o Sul do país, mas creio que mesmo estes percalços foram positivos. Afinal é com eles que se aprende...

O lado prá lá de positivo foi a atmosfera encontrada em terras gaúchas. Sempre tive a curiosidade saber como seria morar no sul do país, especialmente na cidade de Porto Alegre. Acho a cultura e os valores deste lugar muito bonitos, assim como no meu estado. O que pegava era esse bairrismo que muitos diziam existir no estado do Rio Grande do Sul. Seria verdade?

A resposta veio aos poucos e pude perceber que grande parte do que diziam era pura mentira. No geral as pessoas recebem bem as pessoas de outros estados e o tal orgulho gaúcho não é tão diferente do orgulho mineiro, paulista, carioca, nordestino e outros mais. Alguns são exagerados chegando a ser mal educados, mas este tipo tem em todo lugar... 

Minha turma do mestrado é bastante boa. Tem bastante gaúcho (sete), uma mineirada boa (quatro), dois paulistas, um carioca e um peruano. Como a turma é pequena, a comunicação foi bem mais fácil desde o início. Minha turma é bem inteligente, irreverente e fazemos piadinhas das mais diversas situações que nos encontramos: desde a fase sofrida antes das provas, a dotação de belas garotas que não seja no nosso curso, nossas raríssimas, porém divertidíssimas saídas para descontrair, como deve ser uma turma de Economia em qualquer lugar.

A UFRGS tem no geral uma estrutura até boa, mas como toda instituição pública tem seus problemas de difícil solução... É preferível não expor, já que são as demandas são minhas. 

A vida agora é bem melhor do que antes, tenho bolsa de estudos que me dá a oportunidade de comprar bons livros, materiais escolares, alimentar bem, morar razoavelmente e ainda sobra para eu gastar como eu bem quiser (nada melhor do que isso para maximizar a satisfação de um consumidor).

Este é um pouquinho do que se passou nesses três meses de vida nas terras gélidas do sul (um leve tom de exagero hehe). Acho que tenho muito que aprender, desconheço muitas coisas dentro da própria Porto Alegre em razão da rotina de estudos, mas espero em breve estar conhecendo bem o lugar onde vivo atualmente e visitar em breve as cidades do estado e fazer minhas primeiras viagens internacionais pelo menos para o Uruguai e a Argentina. Em breve novas experiências! :-)

Agora é mais um trimestre e estou ansioso para começas as econometrias (minha razão de ter escolhido a UFRGS).  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Shakespeare e o Macaco

Isto é para não deixar dúvida algumas de que estatísticos são loucos. Olha só o exemplo do Lema de Borel-Cantelli que tem no livro texto de Estatística do Barry James.

Um macaco digitando todas as obras de Shakeaspeare sem erros???
Achei que estava delirando de tanto estudar hehe

James, Barry R.Probabilidade : um curso em nível intermediário. 3ª ed. p. 202

p.s. Será que alguém chegou aqui pensando que era uma fábula?


sexta-feira, 29 de abril de 2011

A cobrança pelo uso da água como instrumento econômico na política ambiental

Hoje vim aqui no blog para postar sobre uma palestra no PPGE da UFRGS que valeu a pena em alguns aspectos.  

Primeiro, como o tema indica, tem a questão envolvendo política pública sobre um recurso que não pode ser tratado como um bem qualquer na economia, pois sua escassez (em nível crítico) leva a sérios problemas, e não são só os ambientais.

Outra parte interessante da palestra foi a discussão econômica que se teve em relação a como fazer com que os indivíduos usem a água de maneira ótima (no sentido econômico). Para isto foi feita uma discussão em cima da teoria econômica neoclássica que envolvem políticas públicas.

As discussões passaram em torno dos efeitos externos de cada atividade sobre o uso da água, determinação do consumo ambiental ideal, eficiência econômica, eficácia de cada uma das políticas e o que agregou mais na minha cabeça que foi como se faz para chegar ao consumo ideal da água através da escolha de um preço que maximiza o bem-estar mediante um ajuste entre a procura e a oferta.

Esse tal preço foi chamado de "água virtual" e nada mais é do que o preço que levaria ao uso ideal da água por todas os tipos de consumidores que a usem. É importante frisar que o preço pode ser único (mesmo assim alcançando o consumo planejado) ou variável (dependendo a elasticidade da demanda de cada consumidor ou da necessidade de seu uso). 

Determinar este preço e avaliar seus impactos para o consumidor e na economia como um todo é algo que aprendi este trimestre numa disciplina de Teoria Microeconômica através de aulas e da leitura de um artigo do Neary & Roberts sobre racionamento e determinação do preço virtual.

Então, para quem gosta de debates sobre o uso racional da água, economia ambiental, economia pública ou simplesmente é um estudioso que se preocupa com questões ambientais, vale a pena dar uma olhada no livro. O autor disponibilizou ele em pdf para download em sua página e o link está disponível aqui.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Apesar de vocês...

Ontem foi dia que eu mais me senti desrespeitado na minha vida. Nem quando fui assaltado os bandidos me trataram tão mal como a polícia do RS. Isto tudo porque tirei um dia para passear e tirar fotos da cidade, mas preto não pode comprar uma camêra digital e com certeza foi roubada... Aí vem no meio do nada, me mandam encostar, chutam as minhas pernas e perguntam "O que você já fez de sujeira?", antes de sequer verificarem algum antecedente criminal.

É duro, mas acho que a lei vale ao contrário para mim: Sou culpado até que se prove o contrário. E saem dizendo que é uma abordagem normal... É normal tratar um ser humano como um animal? Aliás, nem um animal merece ser tratado desse jeito. Em pleno século XXI, percebo que muitas coisas ainda não mudaram...

Mas é isso aí, tenho que me recompor e me seguir meu caminho apesar de vocês...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Primeira palestra internacional

No dia 8 de abril (última sexta-feira) tive o prazer de participar de minha primeira palestra internacional. E nada melhor do que uma palestra com um dos economistas mais influentes atualmente e que tem como campo de pesquisa a Economia da Cultura, algo que eu gosto muito, como sugere o título do blog.

Acho que economia e cultura tem tudo a ver, uma influencia a outra (e a outra influencia o um, como diria alguns "iletrados"), fazendo com que a sociedade seja determinada pelas inter-relações econômicas e culturais. Analisar como o ambiente econômico determina a cultura de um local não é tarefa fácil e o contrário (analisar como a cultura de um lugar afeta seu desempenho econômico) torna-se uma tarefa ainda mais difícil e dispendiosa. 

O economista Tyler Cowen tenta estabelecer como estas inter-relações contribuem para o desempenho econômico dos países em geral em diversas pesquisas e muitos de seus pensamentos estão contidos no blog Marginal Revolution escrito por ele. É um dos blogs que acompanho e foi muito bom ter presenciado e debate que se deu sobre as causas do recente crescimento econômico brasileiro e dos demais países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) explicado sob seu ponto de vista. A palestra foi muito enriquecedora e aí vai um pouco dos dados da palestra:  


Seminário de Pesquisa I

Palestra: Globalization, Markets and Culture

Palestrante: Tyler Cowen (George Mason University)

Data: 8 de abril de 2011

Local: Sala 31A – 3º andar – FCE/PPGE – Economia Aplicada

Sobre Tyler Cowen:

Tyler Cowen (nascido em 21 de Janeiro de 1962) é um economista estadunidense, acadêmico e escritor. Ele ocupa a cátedra Holbert C. Harris de Economia na George Mason University e é coautor, com Alex Tabarrok do popular blog Marginal Revolution. Atualmente ele escreve a coluna "Economic Scene" (Cenário Econômico) para o jornal New York Times e escreve para as revistas The New Republic e The Wilson Quarterly. Em fevereiro de 2011, Cowen foi nomeado pela The Economist como um dos mais influentes economistas da última década.

O interesse principal de Cowen é a economia da cultura. Ele escreveu livros sobre a fama (What Price Fame?), arte (In Praise of Commercial Culture) e comércio cultural (Creative Destruction: How Globalization is Changing the World's Cultures). Em Markets and Cultural Voices, ele relata como a globalização está mudando o mundo de três pintores mexicanos. Cowen argumenta que o livre mercado muda a cultura para melhor, deixando-os envolver em algo que as pessoas desejam. Outros livros são: Public Goods and Market Failures, The Theory of Market Failure, Explorations in the New Monetary Economics, Risk and Business Cycles, Economic Welfare, e New Theories of Market Failure. 

Veja mais no Wikipedia em english e português.

Tyler Cowen's Web Page at GMU
Tyler Cowen's Vita at GMU
An interview with Tyler Cowen on The Marketplace of Ideas

quarta-feira, 30 de março de 2011

Zé Ramalho em Araçuaí

Para quem gosta de uma boa MPB com alguns requintes regionais, vai haver na cidade de Araçuaí um show com o cantor e compositor Zé Ramalho no dia 1º de abril (não é mentira rsrs). Suas melodias com traços ao mesmo tempo nordestino e mundial ainda fazem muito sucesso em shows com músicas ao vivo em bares e restaurantes do Brasil inteiro.

Será a hora de Araçuaí conhecer o verdadeiro talento deste cancioneiro da cultura brasileira e experimentar outras formas de cultura do que a habitual que sempre ocorre na cidade. Infelizmente ficarei de fora dessa devido a distância, mas se tivesse lá não perderia. Vai ser mais um ganho cultural para cidade e todo o Vale do Jequitinhonha. 

Parabéns aos organizadores do evento pela idéia!

Fonte: Kiau Serviços

terça-feira, 15 de março de 2011

Ensino superior público x privado: prós e contras

Acabei de comprovar alguns prós e contras de estar numa instituição particular ou pública. Na particular o atendimento é muito mais pessoal e os assuntos que precisam ser resolvidos são de forma mais eficiente. Na rede pública, parece que a “garantia” do emprego deixa os funcionários são um pouco mais “ranzinza” no atendimento aos alunos e a demora em resolver os problemas é maior.

Creio que deve ser aquele velho problema dos incentivos certos na hora de atender os alunos. Também há problemas em relação ao uso do espaço (lugares amontoados num instante e vazio em outros), os materiais tecnológicos das instituições públicas são mais defasados em relação à particular e achei um absurdo uma instituição de ensino não funcionar aos sábados. Vão fazer muita falta estes dias...

Os ganhos de se estudar numa instituição de ensino público também são muito bons no meu caso. Como ainda não só lá bom de grana, dependo de alguns “subsídios” básicos para ir poder sobrevivendo melhor e estudar com maior tranqüilidade. É pesado ficar fazendo ajuste de gastos a toda hora e isto desvia a atenção do foco principal que é os estudos; um mal e tanto enfrentado por muitos alunos.

Em universidades públicas, há diversas políticas de apoio a este tipo de estudante como moradia universitária, restaurantes universitários, assistência jurídica e de saúde e outros mais. Estas políticas tiveram um bom peso na hora de escolher uma instituição pública para o mestrado, pois posso ter além da bolsa de estudos que há nas duas (pública e privada); serviços de essenciais de alimentação e moradia que devem ajudar muito no meu rendimento.

Então, se aquele que tem um "bom poder aquisitivo" (isto é relativo ao custo de vida do lugar) enfrenta alguns tradeoffs importantes na hora de escolher entre uma instituição de ensino pública e particular, para aqueles que não são tão bons assim o problema é um pouco maior. Uma das razões fortes que me fizeram trocar de idéia de estudar numa particular até mais bem conceituada pelo CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) por uma pública (também bem conceituada, mas menos) levou em conta alguns "benefícios extras" durante o mestrado.

Mas é isto. A vida é feita de escolhas, tome a sua e siga em frente que os dois caminhos vão dar certo se você tiver bastante empenho. 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Começa o 1º trimestre letivo no mestrado

Meu mestrado acadêmico em Economia Aplicada do Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul começou ontem com um curso de nivelamento de Matemática (cálculo). Foi uma aula bastante rápida e expositiva sobre os principais tópicos matemáticos estudados no curso de Ciências Econômicas. Serve como crédito (1 no total), mas não é obrigatório participar e nem há uma prova como avaliação. São dadas listas de exercícios para os alunos irem se preparando para a disciplina de Economia Matemática I.

A previsão mínima de complemento do curso é de mestrado em Economia Aplicada é de 2 anos, sendo que o aluno tem que conseguir um mínimo de 34 créditos ao longo destes anos. O período letivo é trimestral, algo novo que vou ter que me acostumar. Tem-se no mínimo 2 disciplinas obrigatórias e 1 ou 2 eletivas de especialização que o aluno pode escolher.

Neste 1º trimestre eu já busquei algumas informações com um veterano sobre como é o curso, a cidade e outras coisas. Fiquei sabendo que posso fazer mais disciplina num trimestre do que o “recomendado” e ainda utilizar disciplinas de outros cursos dentro ou fora da faculdade, desde que seja aceito pela coordenação.

Este trimestre eu optei pela parcimônia e resolvi fazer o número de disciplinas “recomendado” pela coordenação e além do curso de nivelamento de matemática, estou matriculado em 2 disciplinas obrigatórias e 1 eletiva.

Como disciplinas obrigatórias eu vou ter Teoria Microeconômica I com o professor Marcelo Portugal de quem obtive ótimas referências e Economia Matemática I com Fabrício Tourrucoo, perfazendo um total de 7 créditos (3 e 4 créditos respectivamente). Como eletiva eu escolhi Estatística (Aplicada à Economia) do professor Flávio Ziegelmann que vale 3 créditos. Logo, neste trimestre eu estou fazendo um total de 11 créditos se aprovado em todas as disciplinas.

A disciplina de Micro I aborda os tópicos de Teoria do Consumidor, Teoria da Firma, Equilíbrio Geral e Economia do bem-estar. Espero aproveitar muito bem esta disciplina e pelo que vejo o professor é de boa qualidade. Microeconomia foi basicamente o meu destaque no exame ANPEC 2011 e graças a ela eu consegui uma boa classificação, além de ter estudado bem esta parte na minha graduação do Ibmec. Mas agora é mestrado e é bom abrir o olho e partir para um estudo bem mais forte do que eu tive até agora para me sair bem nesta disciplina.

Economia Matemática I talvez seja o meu maior empecilho neste 1º trimestre. Apesar de ter estudado novamente para o exame da ANPEC, faz-se um tempo maior que não mexo com matemática pura e meu ensino de base não foi tão bom nesta parte. Acho que terei que meter a cara com mais afinco nesta disciplina para conseguir se aprovado com um bom conceito. Espero também que o professor seja bastante didático e paciente porque devo importuná-lo muito com dúvidas em listas de exercícios hehe.

A disciplina de Estatística (aplicada à Economia) foi a eletiva escolhida por mim. Esta disciplina aborda os mais variados temas relacionados à estatística com aplicações na Ciência Econômicas. Escolhi esta disciplina por gostar muito de estatística e de sua relação com a economia e vai ser uma boa oportunidade de aprimorar meu instrumental estatístico que deve servir muito ao longo não só da minha vida acadêmica, mas creio que profissionalmente também. Tive boas referências desta matéria e é um dos temas onde posso chegar a me especializar (mais especificamente, Econometria).

Por fim, é chegada a hora de dar mais um passo na minha carreira acadêmica e está chegando a hora de afastar-me um pouco mais das atividades extra-classe para poder aprofundar mais nos estudos. Este blog faz parte destas “atividades extracurriculares” que pretendo dar uma parada brusca daqui uns dias. Vou passar a me comunicar de outra maneira, mas isto é assunto para outro post...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Porto Alegre, primeiras impressões

Quem acompanha este blog ou faz parte da minha vida sabe que viajei de avião no dia 2 de março para a cidade de Porto Alegre com o intuito de alcançar o título de mestre em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Foi minha primeira viagem de avião e confesso que tive um medo inicial, mas a medida que o tempo foi passando eu fui me tranqüilizando cada vez mais. A partida ocorreu perto das 22 horas e a única parte que me deu aquele friozinho na barriga foi na decolagem. A viagem até que foi bastante tranqüila e rápida, cheguei a POA às 00h05min segundo a aeromoça (acho que foi).

Por desconhecer a capital gaúcha, tive que ficar esperando amanhecer no aeroporto para poder procurar um local de forma mais segura. Não foi uma experiência muito boa, pois ao contrário do que eu imaginava, não havia muito coisa para passar o tempo.

Agora vem a parte de que todos me perguntam quando liguei de Porto Alegre. Como é a cidade? Está fazendo muito frio? Conheceu gente nova? Está gostando? e etc., etc., etc.

Neste pouco tempo que estou em POA não deu para conhecer a cidade totalmente, mas a região central que é onde vou estudar eu conheci bastante. Lembro-me de uma conversa com um pai de um amigo meu (ex-colega) a respeito da cidade e não foi muito longe do que ele disse. Porto Alegre é uma capital com “ares de interior”, seu centro contém vários prédios de construções antigas (é uma cidade mais velha), tem vários parques florestados e muitas praças espalhadas e como lado negativo eu apontaria as proximidades da rodoviária que me parece meio sujo, abandonado e perigoso.

A pergunta vinda principalmente dos araçuaienses é se estou sofrendo muito com o frio. Era o que eu imaginava ao vir para esta cidade também, mas até agora eu estou sofrendo mesmo é com o calor e com a falta de chuva que deixa o ar muito seco. Explico sempre que ainda estamos no verão e fui alertado que em POA fazia muito calor também, mas parece que as coisas estão mudando e já há certa mudança de clima no ar... Acalmem-se, não vai demorar muito para eu congelar por aqui e telefonar atônito sobre o clima hehe.

Sobre conhecer gente nova ainda não tive muitas oportunidades. Primeiro porque não sou tão expansivo e encarei um feriadão prolongado de carnaval que deve ter levado uns 70% dos habitantes da cidade da capital gaúcha rumo ao interior ou outros estados (principalmente as pessoas mais jovens). Troquei idéias com alguns transeuntes, mas foi só isso: acabada a conversa, foi cada um para o seu canto. A hora boa de conhecer novas pessoas e ter novas amizades será no início das aulas mesmo.

A última das perguntas é se estou gostando. É complicado dizer agora, foram muitas turbulências iniciais devido ao total desconhecimento da cidade e ao mesmo tempo o fascínio por estar descobrindo coisas novas ficam lado a lado. Acho que com o tempo estas duas coisas vão acabar e o que posso contar é que ainda tenho muitas expectativas agradáveis no que diz respeito a morar em Porto Alegre e acho que dificilmente serei desapontado. 

Rodei, rodei e não respondi a última pergunta? Quem sabe daqui a 1 ano ou 2 eu terei uma opinião formada. Hoje ainda vivo de expectativas e tenho muito o que desvendar nesta nova cidade e neste novo estado.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Mudanças, perspectivas e novos desafios

Hoje acontece mais um dia de mudança em minha vida. Depois de partir do interior para estudar na capital do meu estado, eis que agora é hora de alçar vôos mais altos e sair de Minas Gerais e ir para outro estado de outra região.

Vai ser uma experiência e tanto. Trocar de cidade já é um choque no início, mas pelo menos eu tinha a segurança de ter parentes por perto e aos poucos o lugar não ficou muito estranho, pois é comum aos habitantes da minha cidade natal mudar para Belo Horizonte também.

O início foi morando com parentes na cidade de Betim de onde eu vim a terminar o ensino médio, as responsabilidades mudam, mas ainda está sob ares familiares. Depois veio a mudança para Belo Horizonte em virtude de a minha faculdade estar situada lá.

Foi outra mudança na vida já que agora eu iria aprender a conviver em repúblicas de estudante e as relações mudam. Não havia mais aquela segurança num lugar totalmente confiável e as responsabilidades aumentam e aprende-se a respeitar mais o espaço de cada um.

Passada essa fase foi chegada a hora de morar sozinho e aí “se vira” começa a ficar maior, mas ainda assim tinha a certeza de que qualquer coisa desse errado eu tinha para onde ir. Aprendi que ser responsável por si mesmo te torna bem mais responsável e maduro.

Agora vou mudar para um lugar ainda mais longe de onde nasci e ainda há uma mudança cultural muito maior do que até hoje eu experimentei. Também não tenho referências na cidade e vou ter que procurar fazer elas aos poucos.

Esta nova mudança traz algumas incertezas, mas também trazem a esperança de que aprenderei algo que me fará ser uma pessoa cada vez melhor com novas experiências. Viver e aprender nunca foram tão fortes na minha vida como nos últimos anos e agora a cidade de Porto Alegre passará a ser um novo destino.

Algo me diz que vou gostar muito desta nova morada, afinal escolhi ir para lá não só pela qualidade que eu espero encontrar na UFRGS, mas também pela qualidade de vida que espero ter na capital gaúcha.

Será meu destino final? Isto é uma coisa que hoje eu nunca vou saber, mas algo me diz que ainda terei novas experiências por outros lugares do Brasil ou do mundo...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Entenda um pouco sobre os riscos da inflação

Vi um post muito bem escrito no blog Escolhas e Consequências do professor Ronald Hillbrecht sobre a origem, os tipos e as causas da inflação numa história muito bem elaborada para que os leigos na Ciência Econômica vejam os perigos que se têm em simplesmente imprimir mais moeda e em usá-la como política corretiva de desigualdade social (vide políticas de salário mínimo) numa economia qualquer.

Veja o post aqui. É fortemente recomendável ler!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Jequi

"Je- qui- ti- nho- nha

Vale do Jequitinhonha,

Mãos calejadas,

Pés firmes,

Olhares profundos,

Estradas vermelhas,

Estradas pedregosas,

Capim alto,

Rio caudaloso e corrente,

De muitos poetas e histórias,

De muitos homens,

Mulheres,

Velhos

E crianças.

Rio Jequitinhonha,

Morada de Oxum,

E de tantos orixás que nele quiser habitar,

Princípio do Vale,

Sustento de famílias,

Areia para a construção,

Peixes para a alimentação,

Rio Jequitinhonha que modela o Vale,

Rio Jequitinhonha que dá vida ao Vale,

Ao Vale da Mata Escura,

Ao Vale também da gente escura,

Rio Jequitinhonha onde se tira o barro,

Barro,

O sustento do artesão,

Sutento de Dona Maria e Seu Chico.

Assim como muitas Marias e Franciscos,

Sustento das mulheres de Guaranilândia,

Mulheres fortes,

Corajosas,

Mulheres adubo,

Mulheres semente,

Mulheres que moldam e tecem vidas,

Vidas de um Vale próspero,

Justo,

E felíz!"


Autor: Desconhecido

Festivale

O blog Ventos do Vale é um dos novos blogs que estão contribuindo de forma notável para a divulgação da cultura popular do Vale do Jequitinhonha. Uma dos seus melhores posts é sobre o Festivale que é o principal evento cultural do Vale do jequitinhonha.

Para conhecer melhor sobre a história deste grande evento que este ano vai ter sua 29º edição na cidade de Jequitinhonha, vejam o post deles que tem como fonte o jornal "A nova democracia" neste link.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Comentários sobre crescimento potencial

Num outro post eu descrevi o crescimento do IBC-Br, trazendo com ele a discussão sobre crescimento potencial. Uma maneira de saber se o produto está crescendo acima do seu potencial (gerando pressões inflacionárias) é usar ferramentas estatísticas que estimem o nível do produto através da série histórica.  

Um estimador do produto potencial amplamente utilizado é o filtro de Hodrick-Prescott, mais conhecido como filtro HP. O filtro HP é muito utilizado para obter tendências não-lineares em séries históricas de caráter temporal. Veja abaixo o gráfico da estimativa feita da tendência do IBC-Br utilizando o filtro HP: 


Fazendo a estimativa pelo filtro HP, verifica-se que o IBC-Br observado está abaixo do potencial (142,81 estimados contra 140,60 observados para dezembro de 2010) e nos levando a concluir que a atividade econômica está crescendo abaixo do potencial (1,54% abaixo do potencial). Isto seria verdade para o Brasil no ano de 2010?

Considerações sobre o produto potencial envolvem muita coisa além do que uma série pode demonstrar. Pela série dessazonalizada do IBC-Br que é um bom indicador de atividade econômica recentemente desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, vemos que a economia está crescendo em um ritmo menor do que deveria, mas olhando o cenário nacional não é essa a impressão que fica.

O ano de 2010 fechou com alta considerável em praticamente todos os índices de preços e o IPCA que é o índice oficial do regime de metas de inflação fechou o ano de 2010 com alta de 5,91%, o que é alto se comparado aos anos anteriores. Isto leva a crer que o crescimento está acima do potencial, gerando pressões inflacionárias para a economia brasileira.

Em Economia, olhar uma única série para tirar conclusões sobre a economia em geral pode ser perigoso. É mais prudente acompanhar o noticiário e principalmente saber sobre outros índices importantes para não correr o risco de errar feio numa análise econômica. 

Dentre os indicadores de atividade econômica que melhor sintetiza se estamos crescendo com ou sem pressões inflacionárias em minha opinião é o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), mas considero este indicador importante como um item complementar para análise já que ele não indica o nível de atividade econômica e sim o quanto a indústria está produzindo na comparação com máximo (estimado) que poderia produzir.

Vou fechar toda esta análise sem levar em consideração as importações e a taxa câmbio que poderiam amenizar os efeitos inflacionários, mas aí ia ser um post muito extenso... 

Banco Central do Brasil divulga IBC-Br de dezembro de 2010

O Banco Central do Brasil divulgou ontem (16 de dezembro) o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) que mede a expansão da atividade econômica mensalmente. O IBC-Br passou a ser divulgado pelo Banco Central do Brasil apenas no ano passado e é visto pelo mercado como uma boa antecipação do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), sendo assim, espera-se que o resultado do índice seja aproximadamente igual o desempenho do PIB.

Segundo o índice, a economia brasileira teve um crescimento de 7,81% em 2010, resultado próximo aos 7,3% projetados pelo Banco Central e mais próximo ainda aos 7,61% esperado pela mediana do mercado segundo o último Boletim Focus, respectivamente para o PIB deste ano.

Fonte: Banco Central do Brasil (elaboração própria)
Como podemos ver pelo gráfico acima, o índice fechou o ano de 2010 com 140,60 pontos e teve crescimento mensal de 0,07% (praticamente estável). Em relação ao mesmo mês do ano anterior o crescimento foi de 4,07%. O crescimento anual e em 12 meses são sempre iguais no último mês do ano e o crescimento registrado foi os 7,81% expostos anteriormente.

O que todas estas comparações mostram é que a atividade econômica seguiu em ritmo forte no ano de 2010 e o que mais se tem perguntado é se foi um crescimento "forçado" (acima da capacidade produtiva) pelas medidas anti-cíclicas do governo, o que pode ter contribuído para a alta da inflação ou se cresceu de forma "natural" (determinada pela capacidade produtiva do país), não trazendo assim pressões inflacionárias para a economia nacional.

Saber se a atividade econômica está crescendo ou não acima do seu potencial é um bom exercício mental que teremos nestes próximos anos com a alta dos índices de inflação. Ter crescimento econômico quase sempre é bom. A ressalva está em que a atividade econômica deve crescer no nível máximo sustentável para que não gere pressões inflacionárias que no médio ou longo prazo vai prejudicar o crescimento da economia.

Fica aí o alerta, comemoremos sim o crescimento registrado do IBC-Br, mas não esqueçamos de olhar outros indicadores que junto com este índice vão nos indicar melhor a real situação da nossa economia.


P.S. Poderia colocar na discussão uma estimativa para o crescimento potencial IBC-Br, mas preferi colocar a discussão em outro post para não ficar muito extenso. Confira!

Mestrado Acadêmico

Algumas pessoas que acompanham meu blog viu que eu fiz um exame de seleção de mestrado para entrar no mestrado via ANPEC. Tive muitas dificuldades no tempo de estudo em razão de fatores externos, mas não desanimei e persisti com os estudos e conquistei a minha vaga no mestrado acadêmico.

Dentre as escolhas que me foram possíveis escolher, preferi o Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi uma escolha difícil porque tive boas opções, mas o que me atraiu lá além do programa levar mais para o lado quantitativo, o fato de morar em Porto Alegre me agradou bastante.

A visão que eu tenho desta cidade é de um lugar mais tranquilo e com pessoas com um nível de instrução e qualidade de vida melhores. Isto é o que sonho encontrar para poder enfim aproveitar meu potencial ao máximo. Não será nada fácil enfrentar um mestrado e espero mesmo que seja assim. Pode parecer que gosto de sofrimento, mas na verdade é que aprendi que o conhecimento só é verdadeiro quando se conquista com muito empenho. O que é fácil só engana! 

Pois bem, agora estou matriculado na PPGE/UFRGS no curso de Economia Aplicada. Uma nova fase vem aí e este ano ao que tudo indica, minha vida virtual vai ficar praticamente anulada em por causa do mestrado. Espero passar bem por esta fase e que aproveite tudo de bom que existe no curso da UFRGS, faça novas amizades para a vida e aproveite o que há melhor que Porto Alegre tem a me oferecer. Pode ser preciosismo, mas nunca é demais pedir né?!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fim de férias em Araçuaí

Final de férias em Araçuaí! Que frase mais querida e melancólica ao mesmo tempo. Querida porque sempre é bom estar presente na minha cidade natal e poder rever minha família, amigos e fazer novas amizades também (por que não). Melancólica por ter que deixar tudo isso para trás e seguir meu destino novamente. Mas eu não reclamo, prefiro estar na situação que me encontro entre escolher ou não ficar do que ser obrigado a ficar ou a sair.

Estas férias foram muitos especiais pra mim. Foram diversos reencontros como a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que há muitos anos eu não participava, poder participar das comemorações dos 25 anos do Coral Nossa Senhora do Rosário que acompanhei por algum tempo enquanto era menino, voltar a lugares onde frequentei enquanto criança e encontrar com pessoas tão simples e receptivas com a gente, dançar o verdadeiro forró "da roça" e participar das festividades de final de ano com a minha família.

Estes meses passados em Araçuaí serviu para muita coisa. Pude finalmente sair mais e tentar me soltar e conhecer muitas pessoas diferentes do que estou acostumado. Dialogar naquele nível não foi fácil para alguém tão "nerd" como eu me tornei, mas foi proveitoso e apreciei bastante a situação. Cometi alguns abusos em relação ao meu modo de ser e vi que não adianta forçar algumas situações porque sempre vai dar errado comigo: não sou daquele tipo 'descolado' de ser e vou reconhecendo o terreno aos poucos. Uma ótima lição: não mude o que está bom e dando certo!

Conheci novos lugares, reconheci os velhos, assisti novos filmes, li novos livros, fiz novas conquistas e muitas outras coisas legais. É claro que nem tudo foi um mar de rosas e as turbulências fizeram parte e em um momento muito ruim. Achei mesmo que não ia superá-los e saí ferido e com algumas cicatrizes profundas. Faz parte! Agora é fazer as malas, levar as coisas boas e aprender com as ruins para continuar aperfeiçoando como pessoa. Sinto que Araçuaí vai ficar por um período um pouco maior como lembrança porque tenho planos de conhecer lugares totalmente novos e expandir um pouco minha fronteira de conhecimento. 

Voltar para a terra natal é sempre bom, mas há muito neste mundo para descobrir e nas próximas férias eu espero começar a explorá-lo um pouco mais. Vou sentir muito a falta de algumas pessoas, mas não se ganha nada sem abdicar de outra. É o famoso princípio da Ciência Econômica "As pessoas enfrentam tradeoffs". O que isto significa? Bom, isto significa que as pessoas enfrentam situações em que fazer uma escolha significa que você está abdicando de outra, não dá para escolher ambas. É este o processo decisório que enfrentamos frequentemente em nossas vidas...

Bom, agora que foi feita as malas vou partir para Belo Horizonte e fazer uma breve despedida por lá. Depois disso vou seguir para o meu novo destino que fica para um outro post. 

Como música tema de viagens eu gosto deste trecho de Ave Cantadeira do cantor Paulinho Pedra Azul:

"E lá vou eu nesta estrada
 Desafiando o coração
 Seguindo em prosa ou canção
 Feito uma ave cantadeira..."

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Notas de Viagem, uma homenagem ao Vale do Jequitinhonha

Depois de postar a canção "Jequitivale" do cantor e compositor Verono em homenagem ao Vale do Jequitinhonha num outro post, achei mais uma linda canção que retrata o cotidiano, a os problemas, as riquezas imensas deste lugar. 

A música da vez chama-se "Notas de Viagem" escrita por Leri Faria Jr. e gravada com a parceria do cantor e compositor Melão no álbum "Jequitinhonha - Notas de Viagem" no ano de 1980. Este LP fez parte de um projeto que tinha como objetivo recolher para então divulgar a riqueza cultura do Vale do Jequitinhonha.

Este LP contou com a colaboração de vários intelectuais mineiros que se engajaram neste projeto, além da participação do Coral Trovadores do Vale e dos Tamborzeiros do Rosário; ambos da cidade de Araçuaí. Dentre deste projeto e do LP lançado nele, uma música que merece destaque pela sua beleza e melodia foi "Notas de Viagem" que fecha com chave de ouro o LP.

Recentemente ouvi alguns comentários em relação ao LP gravado por Melão & Lery e todos lembram de Notas de Viagem com muita saudade e pedem para que aja um relançamento feito pelos dois cantores. Como gosto de compartilhar o que é bom, decidi pegar a letra e a música para os que estão saudosos  por  ouvi-la novamente e para o conhecimento dos demais interessados em cultura popular.

 Notas de Viagem

Pelo sol quente vai partindo a Jardineira
Vai deixando a Mantiqueira rumo ao Norte de Minas Gerais
Vamos seguindo de viola e peito aberto
Com o coração meio incerto palpitando sem parar

Jequitinhonha, vai traçando o seu retrato
Onde vivem lado a lado a fome, a riqueza e a fé
Fé que na vida o que vale é o que se cria
No trabalho e na folia, semeando a vida no chão

Vai rio, vai traçando o rumo dos homens
Vai rio, semeando o ventre da terra
Vai rio, vai matando a fome dos homens
Vai rio, vai regando o cio da terra

Dona minina pega o barro, bate o barro
Vai passando na peneira, pro danado amaciá
Vai amassando, vai moldando de mansinho
Depois de tudo prontinho põe no forno prá secar

Vai canoeiro, pega o remo, bate o remo
Vai subindo na corrente, joga a rede prá pescar
Apruma a proa, vai cruzando mansamente
Carregando toda gente pro outro lado de lá

Vai rio, vai levando o barro da terra
Vai rio, vai moldando a fibra dos homens
Vai rio, carregando os filhos da terra
Vai rio, vai levando o barco dos homens

Dentro da terra brilha o fogo da riqueza
Que escorre da correnteza roubada de mão em mão
Água marinha, diamante, turmalina
Pedra verde que fascina, tira o norte do lugar

Repica o sino na capela de Chapada
A bandeira do Divino convida prá festejar
Mãe do Rosário, abençoa os tamborzeiros
Junta o povo no terreiro, vamos todos forongar

Vai rio, vai levando o brilho das pedras
Vai rio, vai lavando a alma dos homens
Vai rio, abençoa os filhos da terra
Vai rio, vai povo batendo no seu tambor

Pelo sol quente vai voltando a Jardineira
Vai varando na poeira um sertão de admirar
Dentro da gente vira tudo do avêsso
Muda o canto, muda o verso, coração ficou por lá

Jequitinhonha cada dobra desse rio
Representa o desafio do povo desse sertão
Domar a terra e manter a chama acesa
Ter fartura sobre a mesa e a paz no coração

Vai rio, vai guiando o rumo dos homens
Vai rio, semeando a vida na terra
Vai rio, alimenta os sonhos dos homens
Vai rio, vai deitando as suas águas no mar
Vai rio... vai rio...

Artistas: Melão e Lery
Compositor: Leri Faria Jr.

 

O ano de 2010

O ano de 2010 já está terminando e vai deixar muitas lições em minha vida. Foi um ano atípico em toda a sua extensão, com muitas decisões em jogo e exercendo uma pressão que insistia em não terminar.

Para começar, era o ano em que eu ia formar. Estava tudo muito bem, tinha somente uma matéria a fazer e nem dependia dela para formar e a monografia da qual eu precisava ser aprovado. Acabei escolhendo um tema bastante antigo e ao mesmo tempo com enfoque regional, a desativação da E. F. Bahia-Minas. O projeto foi complicado de fazer porque faltava alguma literatura específica que estimasse os benefícios advindos da ferrovia, até que deu tempo de achar uma boa forma de testar a viabilidade dos trilhos de ferro na região do qual ela servia.

Passei bem por esta etapa que na verdade ocorreu no ano de 2009 e em 2010 era colher a amostra e estimar uma razão custo-benefício das atividades da companhia de estrada de ferro na região. Até aí tudo bem, mas estava muito difícil conseguir os dados e fiquei numa insistência idiota de não mudar o tema. 

Não estava conseguindo obter sucesso e todo dia saía a pesquisar por uma saída para este problema. Estava perto de entregar a monografia e nada de conseguir os dados e para o meu desespero, descobri que não ia conseguir os dados porque simplesmente eles não existem. Tive que fazer o melhor com o que eu tinha de dados, mas confesso que não fiquei lá muito contente com o resulto... No fim minha monografia foi aprovada com algumas pequenas ressalvas na parte escrita, mas estava livre e era questão de momento para me tornar enfim Economista.

Veio a formatura que foi sem dúvida a melhor parte do ano. Estar formando numa faculdade de elite, não só pela classe de renda, mas pela superioridade em ensinar a Ciência Econômica foi maravilhoso e senti muito orgulho de mim mesmo de poder estar fazendo parte daquilo. Era um sonho que parecia distante e que em questão de horas estava se realizando. Foi um esforço de muitos anos que valeram à pena e fiquei muito satisfeito com a minha caminhada e contente com a turma que eu formei e o reconhecimento de vários colegas. Se pudesse voltar no tempo, faria tudo outra vez...

Neste meio tempo entre a monografia e a formatura tinha que estudar para o exame mais temido entre os estudantes de Economia no tempo de graduação, a temida prova da ANPEC (Associação Nacional de Pós-graduação em Economia. Devido as complicações que eu tive com a minha monografia eu tive a metade do tempo que eu planejara estudar e passar nos melhores centros de pós-graduação em Ciências Econômicas.

Foi um período muito difícil o que eu passei estudando para o exame do mestrado. Tinha pouco tempo e muita coisa para estudar e para tentar compensar, passava praticamente o dia todo que eu conseguia ficar acordado numa biblioteca que para minha sorte funcionava por 24 horas (inclusive domingos e feriados). Fiquei 3 meses por conta de estudar para esta prova (tirando a parada para a formatura) e praticamente havia perdido o direito a minha liberdade. Ficava preso numa coisa só...

Veio a prova e pequei no nervosismo pré-prova. Ficava acordado até muito tarde dando aquela revisada e conversava com os meus colegas de cursinho sobre o que poderia pedir para fazer na prova e por causa disso perdia sono e não me mantinha relaxado na hora de fazer a prova. Para minha felicidade (mas não completa), até que eu não fui mal na prova e deu para conseguir uma classificação honrosa pra mim. Acabei desistindo do projeto de ir para a cidade de São Paulo e Rio de Janeiro (este não consegui passar) e decidi ir estudar no sul do país por acreditar que por lá ter melhores condições de vida, vai me proporcionar uma tranquilidade melhor para estudar e desenvolver o meu potencial.

No fim tudo deu certo com linhas tortas. Alcançara todos os meus objetivos, apesar de não ter sido da forma como eu planejava e queria. Apesar disso, era Economista e estava aprovado para cursar o mestrado acadêmico em 2011 com bolsa de estudos e tudo mais.

No plano pessoal foi um ano de muitas coisas boas e ruins e com reviravoltas acontecendo a todo o momento. Minha vida pessoal oscilou bastante, mas apesar de tudo eu saí mais fortalecido disso tudo e uma pessoa mais madura e menos insegura. Conquistei muitas coisas boas e as coisas ruins não me abateram muito e sei que neste ano de 2011 terei muita coisa nova, começando pela mudança total de lugar e cultura.

Ter este blog também me ajudou muito a ser um pouco mais calmo e pensar mais no modo de fazer as coisas, além de treinar um pouco a minha escrita que continua muito amadora. Agradeço a todas as conquistas que aconteceram em 2010 e espero que em 2011 aconteçam muito mais! ;-)