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quarta-feira, 31 de março de 2010

Contratos

Hoje eu tive uma boa lição de como contratos podem e não podem não servir para nada.
Assinei um contrato numa escola de idiomas (prefiro não indicar) que me prestaria serviços durante 12 meses a fim de que eu possa aprender um novo idioma. Tudo bem, tinha que pagar todas as parcelas e já fui logo pagando um absurdo para adquirir 3 CD-ROM, algo inútil hoje em dia devido aos computadores (eu mesmo transformei tudo em mp3 e coloquei no meu celular), três livros por um preço altamente salgado mais matrícula. Fazer o que?
Depois de problemas e mais problemas fui assistir minha primeira aula lá para o fim do mês.
Vamos aos problemas então:
Dentro do período que eu fui aluno da contratante, paguei todas as minhas parcelas e como eu decidi desfazer dos meus compromissos e estudar para o exame de seleção da ANPEC, resolvi então que não ia dar mais para continuar sendo aluno desta instituição.
Bem, o que toda pessoa bem cautelosa fazer é olhar bem o que está no contrato antes de pedir uma rescisão para não ser feito de otário. Num dos termos do contrato estava falando sobre rescisão do contrato por parte do contratado e que havia estipulado que assim que eu pedisse o encerramento deste contrato eu teria que pagar 30 dias a mais referente ao próximo mês, independentemente de frequentar as aulas ou não.
Certo, como está no contrato eu não podia fazer nada e paguei um mês inteiro sem poder frequentar as as aulas, vem mais uma cobrança que inviabiliza o meu pedido de encerramento: um valor a mais a ser cobrado devido a um proporcional que eles teriam direito.
Bom, procuro isto no contrato e não vejo onde esta cobrança seja viabilizada pelo contrato. Nego-me a pagar por achar um absurdo isto, afinal contratos (desde que não haja má fé) são para serem cumpridos e esta taxa não está incluída nele.
Vou a um dos orgãos competentes prestar minha queixa e para minha surpresa existe uma "brecha" (como eu odeio o Direito por isto) que permite que se faça esta cobrança. Num dos orgãos eu consigo expor bem minha situação depois de falar como uma pessoa que já aparenta ter um conhecimento maior e com ela eu consegui o que eu achava: a cobrança não deveria existir. Já quando vou a um outro o atendente (tem coisas que não dar para deixar só com estagiários) chega e além de falar que esta brecha é cabível da empresa pagar, eu deveria agradecer por ela não ter cobrado uma multa de 20% pela quebra de contrato. Insisti com o rapaz, disse que este pedido de carência de 30 dias era o equivalente a uma multa e que não havia nada a este respeito do contrato. Mostrei ele o contrato, mas ele resolveu ignorar baseado em algo que não existia em tal contrato. Porém o cara insistia e disse ter consultado até um advogado que fez os cálculos. Pura mentira porque o que ele falou não foi nem o que a contratante alegou e convenhamos, desde quando advogado sabe fazer alguma conta? Fiquei com vontade mesmo de falar isto porque o atendente não dava a mínima atenção para o que eu falava e isto me soou algo como desprezo pelo meu conhecimento.
Ficou então duas lições:
1 - Enquanto não puder ter um atendimento de respeito pague qualquer absurdo que te passarem; ao menos assim não se perde um tempo precioso e o meu está muito neste semestre.
2 - Enquanto a lei suprema der brechas para tudo quanto é assunto, não adianta crer nos contratos.

Hoje perdi minha fé no que eu acreditava firmemente que um contrato (sempre baseado na boa fé) era intocável e não deixava dúvidas a interpretações, mas minha bela lição de hoje foi a de que eu devo deixar tudo isto de lado enquanto tivermos estes seres de alta competência criando leis onde não deve. Mais um dia para o meu amadurecimento pessoal...
Ah! Não escondo de ninguém que depois dos políticos, os magistrados dos nosso país vem como a pior classe. Claro, há exceções, mas como a palavra diz, não é a regra!

sábado, 27 de março de 2010

Preconceito

Bom, parece que tem dias que nada pode dar certo na sua vida, certo?
Ontem e hoje eu pude experimentar um pouco disso, mas chega uma hora que a situação fica insuportável.
Vamos entrar nos fatos então. Ontem eu estava em mais um de meus dias procurando dados sobre ferrovias para minha monografia em um dos lugares prováveis para encontrar os dados segundo referências e converso com um dos seguranças e peço para fazer uma visita ao acervo da biblioteca da RFFSA em Belo Horizonte e ele então me diz que as visitas são marcadas com antecedência a partir do meio dia e feitas somente aos sábados, domingos e feriados. Achei estranho e pedi informação com a administração do museu, mas ele disse que isto só poderia ser feito no sábado. Fazer o que? Queria falar com alguém lá de dentro, mas como o segurança disse que não tinha jeito, tive que me contentar em voltar outro dia mesmo. E lá se foi um dia produtivo jogado no ralo então.
No outro dia, depois da minha aula de estatística pela manhã eu vou lá para finalmente ver se consigo algo mais para minha monografia, mas para a minha surpresa eu encontro tudo fechado e converso com outro segurança que estava no local se ele poderia informar como eu teria acesso ao museu naquele dia. O segurança me dá a informação de que não tinha como eu entrar em contato com ninguém naquele dia e fala que os dias que funcionam é de segunda à sexta.
Penso logo: Estes caras estão de brincadeira comigo? Insisto então em conversar com alguém, pois noto que há pessoas e que mesmo que parcialmente o prédio está funcionando. Ele então se recusa, a gente discute, ele fica nervoso e me ameaça de agressão antes de eu falar que iria chamar a polícia. Quando eu disse a 'palavra mágica', ele sorriu sarcasticamente e me desafiou a ligar já que eu não teria provas. O pobre coitado não sabia mesmo com quem estava falando. Olhando para mim, deve ter pensado que eu sou mais um desses "moleques" que ele lida na base da pancada. Acionei a polícia, expliquei a situação e fiz um boletim de ocorrência contra ele para aprender a nunca mais agir assim com outra pessoa. Fico pensando se levo isto para frente..

Bom, esta situação deixou uma reflexão comigo: Será que minha aparência (negro, magro e alto) tem alguma coisa a ver com isto? Não é querendo dar uma de pobre coitado não, mas duvido se fosse alguém mais "apresentável" ele agiria assim. Porém hoje foi feita uma lição e espero que nunca mais eu passe por uma situação dessas que me deixou extremamente chateado!

quinta-feira, 18 de março de 2010

A Música do Jequitinhonha

Pesquisando sobre umas músicas que sempre marcaram meu período de morador do Calhau (Araçuaí), eu me deparei com um trabalho extremamente importante projeto do Viva o Vale! – Programa de Desenvolvimento Sociocultural do Vale do Jequitinhonha.


Numa iniciativa da Avon no Brasil e desenvolvido pelo compositor e cantor Rubinho do Vale, foi reunido uma coletânea de seis CD's com o intuito de registrar a arte de diversos cantadores de grupos de folias do Vale do Jequitinhonha e de outras manifestações musicais da região que é uma das que mais preserva sua cultura no país. Como está escrito na página oficial de Rubinho Vale, "Eternizar a música é prolongar indefinidamente a nossa cultura guardando para as gerações futuras um retrato de nossa sociedade, ultrapassando o tempo e o espaço.

É exatamente esse pensamento que norteia a coletânea A Música do Jequitinhonha, que através de uma série de seis CDs registra a arte de diversos cantadores e grupos/corais populares Vale do Jequitinhonha, que é um dos maiores pólos irradiadores de cultura popular no Brasil".

Entre os seis CDs estão:
1 - Rubinho do Vale – Vida, Verso e Viola. Neste CD Rubinho do Vale canta e conta a sua trajetória, desde a infância na pequena cidade de Rubim até conquistar os palcos do Brasil.
2 - Rubinho do Vale – Forró. Neste CD, o cantor presta uma homenagem ao lado festivo e alegre da música do nordeste de Minas.
3 - Queremos Navegar do Coral Nossa Senhora do Rosário, da cidade de Araçuaí.
4 - Cantigas do Vale, uma homenagem ao grande trovador de Jordânia, Geovane Figueiredo.
5 - Pinaco – Um Trovador de Rubim, registro de um dos maiores patrimônios culturais imateriais da cidade de Rubim.
6 - Frei Chico, Lira Marques, Dona Generosa e Corais de Araçuaí. O disco é um documentário, um registro singelo da música do Jequitinhonha, com participação especial de Dona Generosa, dos Corais Trovadores do Vale, Nossa Senhora do Rosário, Coral do Arraial dos Crioulos de Araçuaí e do Araras Grandes (meu CD preferido).

Quem quiser conhecer mais, não deixe de visitar a página do Rubinho do Vale aqui e do Canta Minas aqui.

quarta-feira, 17 de março de 2010

FECAJE realiza reforma de adequação da estação ferroviária de Araçuaí para abrigar se acervo







A Federação das Entidades Culturais do Vale do Jequitinhonha – FECAJE está realizando uma reforma de adequação da antiga estação ferroviária de Araçuaí com o objetivo de adequar o espaço para abrigar todo o acervo da entidade.

Este já foi um dos prédios mais importantes e movimentados da cidade. Era aqui onde as pessoas se encontravam, viajavam e comercializava suas mercadorias. Agora, a estação ferroviária de Araçuaí terá uma função tão importante quanto aquela de idos atrás. Ela vai abrigar a história de luta, resistência e arte de dezenas de grupos culturais da região. Para isso, o prédio esta passando por uma reforma de adequação gradual que possibilitará esta finalidade.
A FECAJE responsável pelo espaço completou 30 anos de fundação em 2009. Sua principal função nos dias atuais é organizar o FESTIVALE que ocorre de forma itinerante, todos os anos, numa das cidades da região.

A FECAJE é a grande guardiã de uma rica história. A entidade possui diversos materiais gráficos como cartazes e folders de todos os FESTIVALES já realizados. Nos arquivos da entidade é possível encontrar raridades como os exemplares do jornal gerais que foi um dos propulsores da organização das entidades culturais do vale, e, também, do FESTIVALE ainda na época da ditadura.

A reforma de adequação vai possibilitar o acesso da população e, também, de estudantes, estudiosos e cientistas ao acervo da entidade. Isso ainda não é possível por falta de um espaço adequado.
Um dos grandes patrimônios do Vale do Jequitinhonha é a sua cultura. A região ainda não dispõe de locais adequados para abrigar a história e a arte de inúmeros grupos culturais. A adequação da estação ferroviária de Araçuaí para esta finalidade vem preencher esta lacuna e ajudar na preservação da memória do nosso povo.


Fonte: TV Araçuaí



Vem coisa boa por aí... Lembro bem que este lugar já foi palco de muitas oficinas legais do qual eu participei e aprendi muito. Tinha desde brincadeiras regionais, oficinas que aprendíamos a fazer diversos brinquedos, capoiera e vi algumas apresentações de músicos locais. Vai ser bom utilizar este espaço como museu, afinal ainda temos muita história pra contar...

Copom mantém a taxa Selic em 8,75% ao ano

Brasília – Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 8,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela elevação da taxa Selic em 0,5 p.p. O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária (Fonte: BACEN).

Como previsto pelos integrantes do Nepom (Núcleo de Estudos de Política Monetária) em reunião realizada nesta última segunda-feira (do qual eu infelizmente não pude participar), a taxa Selic permaneceu inalterada na votação dos membros do Copom ocorrida neste dia. Parabéns pelo resultado e pelos slides eu achei a apresentação muito boa. O resultado está aqui.

Agora voltando a monografia...