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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Jequitinhonhês - o dialeto do Vale

Acima do paralelo 18
Do nosso globo terrestre
Fica uma região de Minas
Uma terra bem campestre
Lá conheço um político
Que quis dar uma de mestre.

Na cidade de Itaobim
Bem no nordeste mineiro
Foi que esse caso se deu
Num esforço derradeiro
É sobre as Ilhas Malvinas
Essa guerra do estrangeiro.

Num discurso do político
Ao assunto ele refere
Tinha proposta de paz
Pra Leopoldo Galtieri
Pois o acordo tava mais lento
Do que veio de beribéri.

“Eu proponho ao General
Acabar com essa zona
Manda o exército voltar
Dá pra ele uma carona
E como a guerra ta no mar
Entregue logo o mar-à-dona”.

“Ou então o senhor e a Margareth
Dá um chega aqui em Minas
Ela representa os ingleses
E o senhor as argentinas
E nós muda o nome das ilhas
Pra Malk-land ou Falk-vinas”.

“E olhe que o encontro com dona Tatcher
É uma coisa que adianta
Pois Margareth é sensual
Com vestido ou com manta
Pois ela entra no Parlamento
E todo membro se levanta”

“E para terminar
Veja bem este enfoque
Põe um som tocando tango
E no outro deixa roque
Pede ao povo das Malvinas
Escolher pelo seu toque”.

“Rogo, parem com a guerra
Pela Santa Catarina
Pois todo dia em meu buteco
Tem a maior quebrantina
Das batatinhas inglesas
Com as maçãs argentinas"

Urubu não chupa cana
Língua de sogra não tem peçonha
Cantador pra ter coragem
Não precisa ter vergonha
Vou cantar a minha terra
Vale do Jequitinhonha.

Nossa língua é diferente
Quando eu falo você nota
Resfriado é difruço
Nome de rã é caçota
Quilo e meio pra nós é prato
E carro de mão é galinhota

Autor: Tadeu Martins