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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Crescimento e Desigualdade de Altura no Brasil

Passando pelo blog do Leonardo Monastério, deparei com um link que dava numa reportagem do Correio Braziliense feita com Shikida que foi meu ex-professor no Ibmec/MG. Durante as aulas que eu tive com ele eu lembro da discussão em torno deste artigo que tinha a premissa de que pessoas mais ricas são em médias mais altas do que pessoas mais pobres.

A discussão em sala de aula em si não foi sobre a afirmação de que pessoas mais ricas devem ser necessariamente mais altas do que as pessoas mais pobres, mas de que dado um "potencial" de altura (algo como expectativa de altura do filho que há como medir) em relação ao que ele cresceu sendo de uma família rica ou sendo de uma família pobre. 

Não cheguei a ler o artigo e este é mais uma das minhas inúmeras dívidas com leitura que pretendo sanar ainda nestas férias, mas pelo que foi dito em sala e com um dos autores do artigo que o apresentou para nós na disciplina de Economia Brasileira II, o ponto do artigo é que pessoas mais ricas tem mais saudáveis (no sentido de ter melhor saúde) do que os mais pobres que tem menos acesso e isto é decisivo na infância e adolescência que é a época que desenvolvemos nosso corpo e praticamente definimos nossa altura. 

Lembro de uma tabela que também é exposta na reportagem dita acima comparando as regiões por altura e os resultados corroboram a sua tese. Pessoas que moram no Sul e Sudeste são em médias mais altas do que as regiões do Norte, Nordeste e Centro-Oeste que são economicamente mais pobres que as do Sul e Sudeste. Outra tabela comparativa foi da altura em relação a cor e o resultado também parece corroborar a tese dos autores e os brancos que são em média mais ricos, também são em média mais altos do que as demais cores.

É claro que há de se destacar que o estas tabelas são apenas ilustrativas. Os dados obtidos pelos autores foram testados empiricamente de acordo com o modelo escolhido para testar a hipótese básica do estudo e os resultados foram favoráveis a hipótese do trabalho. Lembro que em sala de aula discutiu-se que o ideal seria ter a mesma pessoa nas duas situações (pobre e rica) e a estimação seria perfeita, mas como isto nunca poderá ser observado, utilizou-se uma amostra com pessoas ricas e pobres em relação ao seu potencial de crescimento.

Para melhores detalhes sugiro dar uma lida na reportagem do Correio Braziliense e/ou principalmente ler o artigo. O título do artigo é Growth and Inequalities of Height in Brazil (1939-1981) e está em inglês. Vale a pena ler a reportagem (especialmente para os leigos em Economia) e o artigo.

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