Ufa!
Esta poderia ser a expressão para esta nova etapa de minha vida acadêmica, mas ainda estou longe de estar aliviado. Escrever uma monografia já é um trabalho imenso e defendê-la então deve dar um sacrifício. Estou ansioso...
Desde o começo do curso eu queria defender algo relacionado a educação como um dos fatores determinantes para o desenvolvimento econômico. Este tema é um dos que mais me fascina, mas existem muitas contribuições e o total de trabalhos relacionados a este tema já não é tão insatisfatório.
No começo da disciplina Monografia I (ofertada para a escolha do tema e início da Monografia), o professor nos perguntou qual era a nossa itenção em escrever uma monografia e discutiu com cada um os temas que eles mais gostavam. Eu escolhi o tema da educação, mas mencionei também a parte de uma pergunta a respeito de um outro tema que eu gostava, que é o impacto um capital de infraestrutura teria sobre economias subdesenvolvidas.
O primeiro tema tinha uma resposta intrigante, mas com muitas produções acadêmicas. Ele então se interessou pelo tema e pediu que eu desse um exemplo. Partir então de uma questão que envolve infraestrutura de transportes e citei um caso que ocorreu na minha região com a Estrada de Ferro Bahia-Minas.
Ele pediu então que eu continuasse e falei então da importância que me foi relatada da ferrovia na época que ela funcionou na minha cidade. Desde cedo eu escuto queixas em torno do descarrilhamento da ferrovia e do isolamento proporcionado pela sua desativação. Chegamos então a uma questão interessante para uma monografia: Será que o fim da ferrovia poderia estar relacionado ao baixo desenvolvimento econômico da região que ela cortava? Era uma boa pergunta, mas mensurá-la é outra história...
O professor gostou muito do assunto e falou para que eu conversasse com o Shikida (hoje meu orientador) sobre a literatura envolvida no assunto. Insisti no meu outro tema, mas ele me incentivou a largá-lo e seguir adiante com esta minha segunda questão. Como sou estudante de Economia, logo saquei o que ele queria dizer; o benefício marginal em termos acadêmicos do segundo tema era maior do que o do primeiro.
Fiquei meio ressabiado, mas resolvi escrever para o professor que mais entendia do tema. Para minha sorte, o orientador do doutorado dele (se não me engano) era um estudioso deste meu tema e tinha publicado artigos a respeito da importância das ferrovias no desenvolvimento econômico do Brasil.
Logo de primeira, recebi vários artigos e vi que eu ia ter um trabalho incrível para ler eles. Eram de difícil leitura para mim por se tratar de um tema muito específico que o meu inglês ainda não havia alcançado. Mas como sempre eu sou teimoso e resolvi seguir em frente com o tema.
No começo foi difícil, mas com o tempo eu fui me acostumando com os termos novos e descobri vários artigos interessantes e percebi que a Cliometria (uma abordagem quantitativa para a história econômica) ia aumentando meu interesse sobre assunto. Não queria simplesmente escrever sobre o tema, tinha que testar de alguma maneira minha pergunta com alguma ferramenta que o curso me dera.
Foi então que eu descobri um artigo que poderia me dar a ferramenta para responder a minha pergunta. Vi que minha questão era interessante, mas muito vaga e tinha um artigo do Sumerhill que analisava o benefício social que seis ferrovias brasileiras deram para à economia através da redução dos custos de transporte.
Achei muito interessante a pergunta do artigo: Será que a política de subsídios endereçadas as ferrovias brasileiras eram justificáveis? A resposta foi que sim, as ferrovias analisadas geraram retornos o suficiente para compensar o capital investido pelo governo.
Puxa, que artigo interessante! Pensei em fazer algo nestes moldes e repensei a minha pergunta: Será que foi justificável a desativação da linha pelo governo? Era uma questão interessante e controversa. Pelo que li, a ferrovia operava com sucessivos déficits na maior parte do período, mas a prestação de serviço da ferrovia gerava um benefício extra para as cidades que ela percorria.
Estava então desenhado o caminho que eu ia seguir: testar se a os benefícios auferidos e gerados pela ferrovia compensava os custos de mantê-la funcionando naqueles locais. Li outros artigos sobre o tema e resolvi abordar a análise custo-benefício social como metodologia por ser de mais fácil mensuração.
Fiz meu projeto de monografia, encontrei alguns dados que poderiam me ajudar e mergulhei num novo trabalho. O resto é em Monografia II, assunto para outro post...
Estava então desenhado o caminho que eu ia seguir: testar se a os benefícios auferidos e gerados pela ferrovia compensava os custos de mantê-la funcionando naqueles locais. Li outros artigos sobre o tema e resolvi abordar a análise custo-benefício social como metodologia por ser de mais fácil mensuração.
Fiz meu projeto de monografia, encontrei alguns dados que poderiam me ajudar e mergulhei num novo trabalho. O resto é em Monografia II, assunto para outro post...
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